Escola Municipal Santa Maria

Santa Maria de Campos -
18º Distrito de Campos dos Goytacazes - R. J.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Revolução Industrial

Atividade 1
Márcia Lessa
Atividade: Pesquisar sobre a Revolução Industrial para realizar resumo sobre o tema.
Disciplina: História
Programa Utilizado: Internet / Word
Objetivo: Conhecer fatos relacionados com o tema Revolução Industrial a partir de fontes diferentes, para compará-los e criar seu próprio conceito a respeito do assunto.
Desenvolvimento: Como não temos Internet na Escola, foi feita pela professora do laboratório, uma pesquisa em vários sites sobre o tema proposto e colada no Word.
O professor, em sala de aula, explicou o assunto e levou os alunos ao laboratório para que “pesquisassem” e resumissem o tema, comparando após, seus resumos, através de exposições orais.















Revolução Industrial VIII Fase

Começa na Inglaterra, em meados do século XVIII. Caracteriza-se pela passagem da manufatura à indústria mecânica. A introdução de máquinas fabris multiplica o rendimento do trabalho e aumenta a produção global. A Inglaterra adianta sua industrialização em 50 anos em relação ao continente europeu e sai na frente na expansão colonial.

Processo Tecnológico A invenção de máquinas e mecanismos como a lançadeira móvel, a produção de ferro com carvão de coque, a máquina a vapor, a fiandeira mecânica e o tear mecânico causam uma revolução produtiva. Com a aplicação da força motriz às máquinas fabris, a mecanização se difunde na indústria têxtil e na mineração. As fábricas passam a produzir em série e surge a indústria pesada (aço e máquinas). A invenção dos navios e locomotivas a vapor acelera a circulação das mercadorias.

Empresários e Proletários O novo sistema industrial transforma as relações sociais e cria duas novas classes sociais, fundamentais para a operação do sistema. Os empresários (capitalistas) são os proprietários dos capitais, prédios, máquinas, matérias-primas e bens produzidos pelo trabalho. Os operários, proletários ou trabalhadores assalariados, possuem apenas sua força de trabalho e a vendem aos empresários para produzir mercadorias em troca de salários. Exploração do Trabalho No início da revolução os empresários impõem duras condições de trabalho aos operários sem aumentar os salários para assim aumentar a produção e garantir uma margem de lucro crescente. A disciplina é rigorosa mas as condições de trabalho nem sempre oferecem segurança. Em algumas fábricas a jornada ultrapassa 15 horas, os descansos e férias não são cumpridos e mulheres e crianças não têm tratamento diferenciado. Movimentos Operários Surgem dos conflitos entre operários, revoltados com as péssimas condições de trabalho, e empresários. As primeiras manifestações são de depredação de máquinas e instalações fabris. Com o tempo surgem organizações de trabalhadores da mesma área. Sindicalismo Resultado de um longo processo em que os trabalhadores conquistam gradativamente o direito de associação. Em 1824, na Inglaterra, são criados os primeiros centros de ajuda mútua e de formação profissional. Em 1833 os trabalhadores ingleses organizam os sindicatos (trade unions) como associações locais ou por ofício, para obter melhores condições de trabalho e de vida. Os sindicatos conquistam o direito de funcionamento em 1864 na França, em 1866 nos Estados Unidos, e em 1869 na Alemanha. Curiosidade Primeiro de maio - É a data escolhida na maioria dos países industrializados para comemorar o Dia do Trabalho e celebrar a figura do trabalhador. A data tem origem em uma manifestação operária por melhores condições de trabalho iniciada no dia 1º de maio de 1886, em Chicago, nos EUA. No dia 4, vários trabalhadores são mortos em conflitos com as forças policiais. Em conseqüência, a polícia prende oito anarquistas e os acusa pelos distúrbios. Quatro deles são enforcados, um suicida-se e três, posteriormente, são perdoados. Por essa razão, desde 1894, o Dia do Trabalho, nos Estados Unidos, é comemorado na primeira segunda-feira de setembro. Consequência do Processo de Industrialização As principais são a divisão do trabalho, a produção em série e a urbanização. Para maximizar o desempenho dos operários as fábricas subdividem a produção em várias operações e cada trabalhador executa uma única parte, sempre da mesma maneira (linha de montagem). Enquanto na manufatura o trabalhador produzia uma unidade completa e conhecia assim todo o processo, agora passa a fazer apenas parte dela, limitando seu domínio técnico sobre o próprio trabalho. Acúmulo de Capital Depois da Revolução Gloriosa a burguesia inglesa se fortalece e permite que o país tenha a mais importante zona livre de comércio da Europa. O sistema financeiro é dos mais avançados. Esses fatores favorecem o acúmulo de capitais e a expansão do comércio em escala mundial.

Controle do Campo Cada vez mais fortalecida, a burguesia passa a investir também no campo e cria os cercamentos (grandes propriedades rurais). Novos métodos agrícolas permitem o aumento da produtividade e racionalização do trabalho. Assim, muitos camponeses deixam de ter trabalho no campo ou são expulsos de suas terras. Vão buscar trabalho nas cidades e são incorporados pela indústria nascente. Crescimento Populacional Os avanços da medicina preventiva e sanitária e o controle das epidemias favorecem o crescimento demográfico. Aumenta assim a oferta de trabalhadores para a indústria. Reservas de Carvão Além de possuir grandes reservas de carvão, as jazidas inglesas estão situadas perto de portos importantes, o que facilita o transporte e a instalação de indústrias baseadas em carvão. Nessa época a maioria dos países europeus usa madeira e carvão vegetal como combustíveis. As comunicações e comércio internos são facilitados pela instalação de redes de estradas e de canais navegáveis. Em 1848 a Inglaterra possui 8 mil km de ferrovias. Situação Geográfica A localização da Inglaterra, na parte ocidental da Europa, facilita o acesso às mais importantes rotas de comércio internacional e permite conquistar mercados ultramarinos. O país possui muitos portos e intenso comércio costeiro. Expansão Industrial A segunda fase da revolução (de 1860 a 1900) é caracterizada pela difusão dos princípios de industrialização na França, Alemanha, Itália, Bélgica, Holanda, Estados Unidos e Japão. Cresce a concorrência e a indústria de bens de produção. Nessa fase as principais mudanças no processo produtivo são a utilização de novas formas de energia (elétrica e derivada de petróleo).




Revolução Industrial A revolução industrial caracteriza-se pela produção industrial em grande escala voltada para o mercado mundial, com uso intensivo de máquinas. A Inglaterra é o primeiro país a realizá-la. A economia inglesa começa a crescer em 1780, e, em 1840, a indústria já está mecanizada, há uma rede nacional de estradas de ferro, começa a construir ferrovias em outros países, exporta locomotivas, vagões, navios e máquinas industriais. Era das Invenções Nos séculos XVIII e XIX a tecnologia vai adquirindo seu caráter moderno de ciência aplicada. As descobertas e invenções encontram rapidamente aplicação prática na indústria ou no desenvolvimento da ciência. Os próprios cientistas, muitos ainda autodidatas, transformam-se em inventores, como Michael Faraday, Lord Kelvin e Benjamin Franklin. Benjamin Franklin (1706-1790), estadista, escritor e inventor americano. Nasce em Boston, em uma família humilde e numerosa - 17 irmãos. Aos 10 anos, começa a trabalhar com o pai, um fabricante de sabão. Aos 12, emprega-se como aprendiz na gráfica de um de seus irmãos. Em 1723, muda-se para a Filadélfia, quando começa a dedicar-se às letras e às ciências. Autodidata, aprende diversas línguas. Em 1730, já é proprietário de uma oficina gráfica e da Gazeta da Pensilvânia. Membro da Assembléia da Pensilvânia, dedica-se à política e à pesquisa científica. Em 1752, inventa o pára-raios. Quinze anos depois, ajuda a elaborar a Declaração de Independência dos EUA. Seu retrato aparece na nota de US$ 100. Eletricidade - Da primeira pilha, produzida em 1800 por Alessandro Volta, até a lâmpada elétrica de Thomas Edison, em 1878, centenas de pesquisadores dedicam-se a estudar a eletricidade em várias partes do mundo. Suas descobertas aceleram o desenvolvimento da física e da química e os processos industriais.


Thomas Alva Edison (1847-1931) - é um dos grandes inventores norte-americanos. Nasce em Ohio, filho de um operário de ferro-velho. É alfabetizado pela mãe e, aos 12 anos, começa a trabalhar como vendedor de jornais. Durante a Guerra de Secessão instala uma impressora num vagão de trem e inicia a publicação do semanário The Weekly Herald, o qual redige, imprime e vende. Dedica-se à pesquisa científica e é um dos primeiros a criar um laboratório comercial especializado em invenções práticas. Emprega dezenas de cientistas e pesquisadores. Até 1928, já havia registrado mais de mil invenções, como o fonógrafo (1877), a lâmpada incandescente (1878) e o cinetoscópio (1891).
Empresários e Proletários O novo sistema industrial transforma as relações sociais e cria duas novas classes sociais, fundamentais para a operação do sistema. Os empresários (capitalistas) são os proprietários dos capitais, prédios, máquinas, matérias-primas e bens produzidos pelo trabalho. Os operários, proletários ou trabalhadores assalariados, possuem apenas sua força de trabalho e a vendem aos empresários para produzir mercadorias em troca de salários. Exploração do Trabalho No início da revolução os empresários impõem duras condições de trabalho aos operários sem aumentar os salários para assim aumentar a produção e garantir uma margem de lucro crescente. A disciplina é rigorosa mas as condições de trabalho nem sempre oferecem segurança. Em algumas fábricas a jornada ultrapassa 15 horas, os descansos e férias não são cumpridos e mulheres e crianças não têm tratamento diferenciado. Movimentos Operários Surgem dos conflitos entre operários, revoltados com as péssimas condições de trabalho, e empresários. As primeiras manifestações são de depredação de máquinas e instalações fabris. Com o tempo surgem organizações de trabalhadores da mesma área.


Sindicalismo Resultado de um longo processo em que os trabalhadores conquistam gradativamente o direito de associação. Em 1824, na Inglaterra, são criados os primeiros centros de ajuda mútua e de formação profissional. Em 1833 os trabalhadores ingleses organizam os sindicatos (trade unions) como associações locais ou por ofício, para obter melhores condições de trabalho e de vida. Os sindicatos conquistam o direito de funcionamento em 1864 na França, em 1866 nos Estados Unidos, e em 1869 na Alemanha. Curiosidade Primeiro de maio - É a data escolhida na maioria dos países industrializados para comemorar o Dia do Trabalho e celebrar a figura do trabalhador. A data tem origem em uma manifestação operária por melhores condições de trabalho iniciada no dia 1º de maio de 1886, em Chicago, nos EUA. No dia 4, vários trabalhadores são mortos em conflitos com as forças policiais. Em conseqüência, a polícia prende oito anarquistas e os acusa pelos distúrbios. Quatro deles são enforcados, um suicida-se e três, posteriormente, são perdoados. Por essa razão, desde 1894, o Dia do Trabalho, nos Estados Unidos, é comemorado na primeira segunda-feira de setembro. Consequência do Processo de Industrialização As principais são a divisão do trabalho, a produção em série e a urbanização. Para maximizar o desempenho dos operários as fábricas subdividem a produção em várias operações e cada trabalhador executa uma única parte, sempre da mesma maneira (linha de montagem). Enquanto na manufatura o trabalhador produzia uma unidade completa e conhecia assim todo o processo, agora passa a fazer apenas parte dela, limitando seu domínio técnico sobre o próprio trabalho. Acúmulo de Capital Depois da Revolução Gloriosa a burguesia inglesa se fortalece e permite que o país tenha a mais importante zona livre de comércio da Europa. O sistema financeiro é dos mais avançados. Esses fatores favorecem o acúmulo de capitais e a expansão do comércio em escala mundial.

Controle do Campo Cada vez mais fortalecida, a burguesia passa a investir também no campo e cria os cercamentos (grandes propriedades rurais). Novos métodos agrícolas permitem o aumento da produtividade e racionalização do trabalho. Assim, muitos camponeses deixam de ter trabalho no campo ou são expulsos de suas terras. Vão buscar trabalho nas cidades e são incorporados pela indústria nascente. Crescimento Populacional Os avanços da medicina preventiva e sanitária e o controle das epidemias favorecem o crescimento demográfico. Aumenta assim a oferta de trabalhadores para a indústria. Reservas de Carvão Além de possuir grandes reservas de carvão, as jazidas inglesas estão situadas perto de portos importantes, o que facilita o transporte e a instalação de indústrias baseadas em carvão. Nessa época a maioria dos países europeus usa madeira e carvão vegetal como combustíveis. As comunicações e comércio internos são facilitados pela instalação de redes de estradas e de canais navegáveis. Em 1848 a Inglaterra possui 8 mil km de ferrovias. Situação Geográfica A localização da Inglaterra, na parte ocidental da Europa, facilita o acesso às mais importantes rotas de comércio internacional e permite conquistar mercados ultramarinos. O país possui muitos portos e intenso comércio costeiro. Expansão Industrial A segunda fase da revolução (de 1860 a 1900) é caracterizada pela difusão dos princípios de industrialização na França, Alemanha, Itália, Bélgica, Holanda, Estados Unidos e Japão. Cresce a concorrência e a indústria de bens de produção. Nessa fase as principais mudanças no processo produtivo são a utilização de novas formas de energia (elétrica e derivada de petróleo).



Revolução Industrial - Parte 2 A revolução industrial caracteriza-se pela produção industrial em grande escala voltada para o mercado mundial, com uso intensivo de máquinas. A Inglaterra é o primeiro país a realizá-la. A economia inglesa começa a crescer em 1780, e, em 1840, a indústria já está mecanizada, há uma rede nacional de estradas de ferro, começa a construir ferrovias em outros países, exporta locomotivas, vagões, navios e máquinas industriais. Era das Invenções Nos séculos XVIII e XIX a tecnologia vai adquirindo seu caráter moderno de ciência aplicada. As descobertas e invenções encontram rapidamente aplicação prática na indústria ou no desenvolvimento da ciência. Os próprios cientistas, muitos ainda autodidatas, transformam-se em inventores, como Michael Faraday, Lord Kelvin e Benjamin Franklin. Benjamin Franklin (1706-1790), estadista, escritor e inventor americano. Nasce em Boston, em uma família humilde e numerosa - 17 irmãos. Aos 10 anos, começa a trabalhar com o pai, um fabricante de sabão. Aos 12, emprega-se como aprendiz na gráfica de um de seus irmãos. Em 1723, muda-se para a Filadélfia, quando começa a dedicar-se às letras e às ciências. Autodidata, aprende diversas línguas. Em 1730, já é proprietário de uma oficina gráfica e da Gazeta da Pensilvânia. Membro da Assembléia da Pensilvânia, dedica-se à política e à pesquisa científica. Em 1752, inventa o pára-raios. Quinze anos depois, ajuda a elaborar a Declaração de Independência dos EUA. Seu retrato aparece na nota de US$ 100. Eletricidade - Da primeira pilha, produzida em 1800 por Alessandro Volta, até a lâmpada elétrica de Thomas Edison, em 1878, centenas de pesquisadores dedicam-se a estudar a eletricidade em várias partes do mundo. Suas descobertas aceleram o desenvolvimento da física e da química e os processos industriais.



Esquema
Contexto da Revolução Industrial-necessidade de produzir cada vez mais e mais rápido-Inglaterra chegou na frente: ferro e carvão, mão-de-obra, navios, dinheiro- desenvolvimento de máquinas a vapor
Modernização e Tecnologias - Navios e trens a vapor (facilitou o transporte de pessoas e cargas)- desenvolvimento da indústria têxtil- melhorias para poucos
A fábrica - péssimas condições de trabalho- salários baixos e castigos físicos- trabalho infantil e feminino- carga horária elevada e ausência de direitos- barulho e poluição
Reações dos trabalhadores - O ludismo à os quebradores de máquinas- As trade unions à origem dos sindicatos (luta por direitos)- O cartismo à direitos políticos para os trabalhadores
Neocolonialismo- Europeus dividem a África e Ásia- violência e exploração- busca de matérias-primas e recursos vegetais
AS FASES DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL A primeira fase da Revolução Industrial correspondeu ao período que se estende de 1760 a 1850; nesse período a Inglaterra liderou o processo de industrialização. O desenvolvimento técnico-científico, implementando a modernização econômica, foi significativo; surgiram então as primeiras máquinas feitas de ferro que utilizam o vapor como força motriz. Por outro lado, a existência de um amplo mercado consumidor para artigos industrializados - América, Ásia e Europa - estimulava a mecanização da produção. Na primeira fase da Revolução Industrial, a indústria têxtil foi a que mais se desenvolveu. A grande oferta de matéria-prima (o algodão, cujo maior produtor era os Estados Unidos) e a abundância de mão-de-obra barateavam os custos da produção, gerando lucros elevados, os quais eram reaplicadas no aperfeiçoamento tecnológico e produtivo. Assim, também o setor metalúrgico foi estimulado, bem como a pesquisa de novas fontes de energia.


Algumas invenções foram de fundamental importância para ativar o processo de mecanização industrial, entre as quais podemos destacar:* a máquina de Hargreaves (1767), capaz de fiar, sob os cuidados de um só operário, 80 kg de fios de algodão de uma só vez;* o tear hidráulico de Arkwright (1768);* a máquina Crompton, aprimorando o tear hidráulico (1779);* o tear mecânico de Cartwright (1785);* a máquina a vapor de Thomas Newcomen, aperfeiçoada depois por James Watt (1769);* o barco a vapor de Robert Fulton (1805 - Estados Unidos);* a locomotiva a vapor de George Stephenson (1814). Para facilitar o escoamento da produção industrial e o abastecimento de matérias-primas, também os setores de transportes e comunicações tiveram que se modernizar. Surgiram o barco a vapor, a locomotiva, o telégrafo, o telefone, etc. A expansão industrial logo ativaria a disputa por novos mercados fornecedores de matérias-primas e consumidores de gêneros industrializados resultando no que se denominou neo-colonialismo. A segunda fase da Revolução Industrial iniciou-se em 1850. Foi quando o processo de industrialização entrou num ritmo acelerado, envolvendo os mais diversos setores da economia, com a difusão do uso do aço, a descoberta de novas fontes energéticas, como a eletricidade e o petróleo, e a modernização do sistema de comunicações. Outro acontecimento de grande importância dessa fase foi a efetiva difusão da Revolução Industrial. Em pouco tempo, espalhou-se por todo o continente europeu e pelo resto do mundo, atingindo a Bélgica, a França, a Itália, a Alemanha, a Rússia, os Estados Unidos, o Japão, etc.




RESULTADOS DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL O século XIX significou o século da hegemonia mundial inglesa. Durante a maior parte desse período o trono inglês foi ocupado pela rainha Vitória (1837-1901), daí ter ganho a denominação de era vitoriana. Foi a era do progresso econômico-tecnológico e, também, da expansão colonialista, além das contínuas lutas e conquistas dos trabalhadores. Na busca de novas áreas para colonizar, a Revolução Industrial produziu uma acirrada disputa entre as potências, originando inúmeros conflitos e um crescente armamentismo que culminariam na Primeira Guerra Mundial, iniciada em 1914. A era do progresso industrial possibilitou a transformação de todos os setores da vida humana. O crescimento populacional e o acelerado êxodo rural determinaram o aparecimento das grandes cidades industriais: Londres e Paris, que em 1880 já contavam, respectivamente, com 4 e 3 milhões de habitantes. Esses grandes aglomerados humanos originaram os mais variados problemas de urbanização: abastecimento de água, canalização de esgotos, criação e fornecimento de mercadorias, modernização de estradas, fornecimento de iluminação, fundação de escolas, construção de habitações, etc. No aspecto social, estabeleceu-se um distanciamento cada maior entre o operariado (ou proletariado), vivendo em condições de miséria, e os capitalistas. Separavam-se em quase tudo, no acesso à modernidade, nas condições de habitação e mesmo nos locais de trabalho: nas grandes empresas fabris e comerciais, os proprietários já não estavam em contato direto com os operários, delegando a outros administradores as funções de organização e supervisão do trabalho. O mercado de trabalho, a princípio, absorvia todos os braços disponíveis. As mulheres e as crianças também eram atraídas, ampliando a oferta de mão-de-obra e as jornadas de trabalho oscilavam entre 14 e 18 horas diárias. Os salários, já insuficientes, tendiam a diminuir diante do grande número de pessoas em busca de emprego e da redução dos preços de venda dos produtos provocada pela necessidade de competição. Isso sem contar que as inovações tecnológicas, muitas vezes, substituíam inúmeros trabalhadores antes necessários à produção. Aumento das horas de trabalho, baixos salários e desemprego desembocavam freqüentemente em greves e revoltas. Esses conflitos entre operários e patrões geraram problemas de caráter social e político, aos quais, em seu conjunto, se convencionou chamar de questão social. Os trabalhadores organizaram-se, então, em sindicatos para melhor defenderem os seus interesses: salários dignos, redução da jornada de trabalho, melhores condições de assistência e segurança social, etc. Diante desse quadro surgiram as novas doutrinas sociais, pregando a criação de uma nova sociedade, livre da miséria e da exploração reinante.
AS NOVAS DOUTRINAS SOCIAIS O avanço do capitalismo em meio à exploração e à miséria fermentou o ativismo trabalhista do século XIX, cujo objetivo era destruir as condições subumanas estabelecidas pela industrialização. Num primeiro momento, os operários, pouco conscientes de sua força, manifestavam seu descontentamento, diante das péssimas de vida e de trabalho em que se encontravam, quebrando as máquinas, tidas como responsáveis pela sua situação da miséria. William Ludd foi um dos líderes desse movimento, por isso, denominado luddista, reprimido violentamente pelas forças policiais. A seguir os trabalhadores decidiram organizar-se em associações que lutavam pela melhoria das suas condições de vida e de trabalho, nasceram assim os sindicatos (trade unions), no início não reconhecidos oficialmente e reprimidos de forma violenta. Muito depois, diante das suas vitórias, acabaram conquistando o reconhecimento oficial de legítimos representantes da classe trabalhadora. Por meio de lutas, conseguiram alcançar seus objetivos quanto à elevação dos salários, limitação das horas de trabalho, garantias aos trabalhadores acidentados, restrição de idade e número de horas de trabalho das crianças, etc. Na Inglaterra, o movimento operário pouco a pouco foi assumindo um caráter político. Os trabalhadores desejavam uma maior participação nas decisões governamentais que direta ou indiretamente os afetavam.Organizou-se, então, o movimento cartista, que reivindicava, entre outras coisas, a extensão do direito de voto, até então restrito aos cidadãos de altas rendas, às camadas menos favorecidas da população inglesa. Em meio a esta efervescência surgiram teóricos que se debruçaram sobre a questão social defendendo a criação de uma sociedade mais justa, sem as desigualdades e a miséria reinantes. Assim apareceram as principais quatro grandes correntes de pensamento: o socialismo utópico, o socialismo científico, o anarquismo e o socialismo cristão.
Fonte: Base de Dados do Portal Brasil.






Grandes Invenções Tecnológicas Conheça as grandes invenções nas diversas áreas da tecnologia
Eniac: primeiro computador com sistema eletrônico
Após a Revolução Industrial (século XVIII) deu-se início uma época de grandes invenções tecnológicas. Em busca de aumentar a produção, reduzir os custos, melhorar os meios de transporte e facilitar a comunicação entre as pessoas, cientistas do mundo todo inventaram importantes máquinas para a sociedade.
Exemplo de Invenções:

· Wilhelm Schickard construiu a primeira calculadora mecânica (1623)
· James Watt desenvolveu a máquina a vapor (1765)
· Eli Whitney inventou uma máquina para desencaroçar o algodão (1793)
· O físico italiano Alessandro Volta desenvolveu a primeira bateria (1800)
· Samuel Morse criou e registrou a patente do telégrafo (1837)
· Alexander Graham Bell inventou o telefone (1876)
· Thomas Alva Edison e Joseph Swan inventaram a lâmpada elétrica (1879)
· O alemão Karl Bens desenvolveu o primeiro veículo com motor a gasolina (1885)
· Os irmãos Lumière criaram o cinematógrafo, antecedente do cinema (1895)
· Invenção do rádio pelo italiano Guglielmo Marconi (1901)
· O brasileiro Santos Dumont realizou o primeiro vôo com o 14 bis (1906)
· Vannevar Bush inventou o computador analógico (1930)
· O engenheiro inglês Frank Whittle criou o avião a jato (1941).
· A Motorola lançou o primeiro walkie-talkie (1943).
· Desenvolvimento do computador com sistema eletrônico, chamado Eniac (1946)
· Invenção do transistor, peça fundamental para o desenvolvimento de equipamentos eletrônicos (1947)
· Lançamento do primeiro pager (1956)
· Desenvolvimento da Fortran, primeira linguagem de programação de computadores (1956)
· Lançamento do Telstar I, primeiro satélite de comunicação (1962)
· Com objetivos militares, foi criada a rede Arpanet que daria origem à Internet (1969)
· Criação do Pong, primeiro videogame (1972)
· Entrou em operação a Compuserve, primeira rede on line de computadores (1977)
· Philips e Sony lançaram o CD-Rom (1984)
· Entrou em operação o sistema de fibras óticas, transmitindo dados em imagens em velocidade jamais vista antes (1985)
· Tim Berners-Lee criou a Internet (1990)
· Criação dos primeiros livros digitais (1998)
· Entra em operação a Internet 2, com velocidade superior à Internet tradicional (1999)


Panela de Pressão
Muitas vezes‚ só se consegue cozinhar sob pressão. A história da panela de pressão começa pelo alto‚ lá nas montanhas. Os alpinistas‚ quando estavam a grandes altitudes e precisavam cozinhar alguma coisa para comer‚ quase nunca conseguiam. Isso porque a altas altitudes a pressão atmosférica é muito menor. E‚ como a pressão é menor‚ a água entra em ebulição a temperaturas muito altas do que ao nível do mar‚ que é de 100ºC. Como atingir altas temperaturas lá nas montanhas é muito difícil em função dos ventos e da própria temperatura ambiente (e mesmo quando se conseguia‚ era preciso deixar a comida horas no fogo para cozinhar)‚ pensou–se numa solução muito simples: transformar a pressão no interior da panela idêntica à pressão ao nível do mar. Feita a experiência e comprovados os resultados‚ o que se fez a seguir foi aumentar a pressão no interior da panela. Assim‚ seriam necessárias menores temperaturas e menores tempos para o cozimento dos alimentos. Além do que‚ muitos deles ficavam muito mais saborosos e macios‚ como as carnes mais duras‚ por exemplo. Foi este o princípio utilizado pelo francês Denis Papin em 1679. Seu “digestor”‚ ou marmita de Papin‚ consistia numa panela de ferro fundido com uma tampa que a vedava hermeticamente e uma válvula de seguranç que foi a precursora das panelas de pressão. Inclusive‚ até 1905‚ ou seja‚ mais de dois séculos depois‚ as panelas de pressão continuavam sendo de ferro fundido. Neste ano‚ a Presto Company‚ dos Estados Unidos‚ introduziu o primeiro modelo de alumínio‚ que foi seguida depois pela panela de aço inoxidável. Sempre que a sua família estiver pressionando você perto da hora das refeições‚ conte esta história para eles. com o seu conhecimento‚ mais os pratos que você vai preparar‚ eles vão ficar nas nuvens.

Garfo
Ele é um bom garfo. Hoje‚ é assim que nos referimos a todas as pessoas de bom apetite‚ que comem (e muitas vezes repetem) praticamente tudo o que se leva à mesa. Mas‚ como será que esses apreciadores da mesa farta eram denominados antes da invenção do garfo? Simples comilões? Acredita–se que o garfo tenha sido usado pela primeira vez no século XI‚ em casas italianas‚ para se comer frutas que poderiam manchar os dedos das mãos. Até então‚ as pessoas comiam com as próprias mãos ou ‚ muitas vezes‚ pegavam os alimentos com facas. Foi só no final da década de 1450 (século XV) que os garfos começaram‚ lentamente‚ a subistituir as facas na alimentação. no século XVI‚ Henrique III introduziu o garfo individual (antes disso os garfos eram divididos entre as pessoas)‚ o que contribuiu bastante para que mais pessoas passassem a usá–lo. Entretanto‚ foi apenas por volta de 1620 (século XVII) que o uso dos garfos se difundiu e eles passaram a ser utilizados na maioria das mesas da Europa. Na verdade‚ os garfos primitivos possuíam apenas dois dentes. no início do século XIX‚ os garfos de três dentes se tornaram grande moda. E os garfos de quatro dentes, parecidos com os que nós usamos hoje‚ só iriam surgir em 1880. Pela história‚ dá para perceber que o garfo foi uma invenção um pouco difícil de pegar. Mas‚ quando pegou‚ pegou mesmo. Basta olhar para o nosso próprio dia–a–dia.



Lâmpada
E faça–se a luz. Foi com a descoberta do fogo que o homem primitivo descobriu que era capaz de iluminar a escuridão das noites em que vivia até então. Fogueiras e tochas passaram a representar não apenas calor e luz‚ mas também proteção contra o frio‚ os demais animais e os perigos das trevas. Porém o fogo‚ apenas de eficiente‚ não era capaz de fornecer luz com a intensidade que muitas vezes se precisava. Além disso‚ era sempre necessário encontrar material inflamável para fazê–lo durar por tempo suficiente‚ o que nem sempre era possível. Assim mesmo‚ durante muitos séculos o fogo foi a única fonte de luz que o homem soube reproduzir‚ através de lamparinas e lampiões onde se queimava tecidos‚ gás‚ ou qualquer outra coisa combustível. Apenas em 1650‚ Otto von Guerick de Magdeburgo descobriu que a luz podia ser reproduzida pela eletricidade. Já o inventor americano Benjamin Franklin‚ em 1752‚ demonstrou‚ usando um papagaio de papel sob uma tempestade com muitos raios‚ que as nuvens acumulam cargas elétricas. Mas foi só em 1879 que o gênio também americano Thomas Alva Edison‚ após mais de 1200 esperiências‚ conseguiu inventar a primeira lâmpada elétrica. Nela‚ um filamento de carvão produziu luz durante dois dias seguidos‚ causando sensação. Muitos‚ inclusive‚ na época tomaram o invento como “magia”. Daí para cá‚ a lâmpada elétrica evoluiu muito em termos de luminosidade e economia de energia. Lâmpadas com filamentos de ósmio‚ de tugstênio‚ de gases nobres‚ de néon‚ fluorescentes‚ e lâmpadas para fins mais específicos‚ como ultravioleta‚ infravermelha‚ flashs e inúmeras outras. Do fogo e das lâmpadas pré–históricas‚ de formatos côncavos onde o combustível ardia‚ até as lâmpads mais modernas‚ que produzem luzes das mais variadas formas‚ cores e tipos‚ o homem sempre buscou maneiras de crescer iluminando seu caminho através de novas descobertas e invenções. Não por acaso‚ a lâmpada é o símbolo perfeito da idéia‚ da invenção‚ da descoberta. Afinal‚ inventar é sempre encontrar aquela famosa luz no fim do túnel. E é só tentando mesmo que a gente a encontra.
Liquidificador
O liquidificador foi o eletrodoméstico que‚ praticamente‚ liquidou com os problemas de bater e misturar os mais diversos alimentos na cozinha. A história do liquidificador como o conhecemos atualmente começa em 1904. Neste ano‚ em dois lugares distintos‚ aquele que era o precursor do moderno liquidificador era usado em dois lugare diferentes: na Inglaterra e nos Estados Unidos. Na Inglaterra‚ uma espécie de liquidificador misturado com batedeira‚ com motor elétrico movido a correia de transmissão‚ era utilizado para misturar substâncias químicas. Já era mis semelhante ao de nossos dias: era usado para o preparo de milk shakes. Essa proximidade com um dos principais hábitos americanos contribuiu muito para que‚ já em 1910‚ fossem comercializados ali os primeiros liquidificadores. Em 1931‚ em Chicago‚ surgiu o primeiro liquidificador com motor incorporado. Isso diminuiu consideravelmente o espaço que o liquidificador tomava antes na cozinha‚ tornando o produto mais conveniente e a arte culinária muito mais prática. Transformar a consistência dos alimentos‚ triturar ingredientes sólidos‚ homogeneizar alimentos pastosos‚ misturar líquidos e combinar diferentes consistências. É isso o que as lâminas do liquidificador‚ localizadas no fundo dos copos, são capazes de fazer‚ girando a velocidades entre 8000 e 12000 rotações por minuto. Assim‚ coisas que antes demoravam horas‚ hoje‚ graças ao liquidificador‚ podem ser liquidadas em poucos segundos.



Microondas
Quem diria que‚ um dia‚ ondas parecidas com as de rádio seriam tão úteis para o dia–a–dia na cozinha? As microondas utilizadas nos fornos são ondas eletromagnéticas com comprimentos de onda entre 1 mm e 1 m‚ quer dizer‚ muito próximas das ondas de rádio UHF. Em 1946‚ descobriu–se que estas microondas tendem a polarizar as moléculas da água‚ fazendo com que elas girem‚ alinhando o seu eixo polar com o campo magnético. Trocando em miúdos‚ todo este movimento (de aproximadamente 2500 milhões de ciclos por segundo)‚ gera calor. Como as microondas são capazes de penetrar profundamente na matéria orgânica‚ um alimento atingido por elas é aquecido em todo o seu volume‚ já que o calor é gerado em seu interior. Este aquecimento interno quase uniforme diminui consideravelmente os tempos de aquecimento. Primeiro‚ porque não é necessário esperar que o calor chegue ao interior dos alimentos. Segundo‚ pois permite o uso de potências mais elevadas sem riscos de queimar a comida. Até o final dos anos 60‚ a utilização de fornos microondas ainda era restrita a empresas fabricantes de refeições prontas ou preparadas. Mais ou menos nesta época‚ chegavam às lojas e casas americanas os primeiros modelos domésticos. Ainda um pouco grandes‚ desajeitados‚ eles foram melhorando muito com o passar dos anos‚ até chegarmos aos modelos de múltiplas funções como temos atualmente. E que são capazes de fazer‚ em minutos‚ coisas que demoraríamos horas nos fogões tradicionais.
Batatas fritas
Elas estão fritas. E são provavelmente, a maneira mais difundida e tradicional de se comer batatas. Entretanto, como isso começou? Quem terá sido o primeiro a ter a idéia de fritar batatas? Terá sido em algum castelo medieval, quando, para impedir a invasão de inimigos, óleo fervente era lançado do alto das torres? Será que algum destes invasores, por acaso, na hora carregava batatas em algum dos bolsos e descobriu que elas ficavam deliciosas fritas? A batata está presente em solo europeu desde tempos imemoriais, sendo uma das principais fontes de amido do homem. Já o processo da fritura, também devia ser conhecido; os amigos caçados eram cozidos em sua própria gordura; o óleo de origem vegetal, proveniente das oliveiras, também era conhecido. Embora não se possa determinar com precisão quem inventou a batata frita, pode-se determinar quem a aperfeiçou: os belgas. Na Bélgica, as batatas fritas são consideradas verdadeiras especialidades locais. Chega-se ao exagero de se dizer que, se você esteve na Bélgica e não comeu batatas fritas (de preferência, com cerveja), então você não esteve na Bélgica (mais ou menos como ir a Roma e não ver o Papa). Em todos os cantos de Bruxelas, capital da Bélgica, existem barraquinhas vendendo batatas fritas que, ao contrário da verdadeira mania americana do catchup, são consumidas à moda belga, com maionese. O termo americano para batatas fritas, french fries, na verdade é uma referência aos belgas; é que na Bélgica, 80% da população fala francês. Mas não é preciso ser belga ou americano ou espanhol ou italiano para gostar de batatas fritas. Na verdade, quando você estiver com alguma dúvida sobre que acompanhamento servir para alguma refeição, experimente descascar, cortar e fritar algumas batatas. Todo mundo adora. É batata.





Pão
O pão nosso de cada dia... Hoje, o pão é um alimento tão ligado ao nosso dia-a-dia que já nem dá mais para imaginar como seria a vida sem ele. Só que a história não era bem assim há mais de 8000 anos. Sabe-se que, naquela época, o homem da Idade da Pedra já cultivava trigo e cevada. Esses homens, que podem ser considerados os primeiros agricultores do mundo, cozinhavam uma espécie de mingau, de grãos moídos grosseiramente, sobre pedras grandes e chatas, conseguindo assim um pão áspero e achatado. A invenção do forno, há cerca de 5000 anos, na Idade da Pedra, contribuiu muito para o desenvolvimento do pão. Dos povos antigos, os egípcios foram os que registraram as maiores variedades no que se refere ao assunto. Eles inventaram filões dos mais diferentes formatos, pães aromatizados com sementes de papoula, pães de cânfora, amargos e aromáticos; pães enriquecidos com ovos e leite, com mel, com gergelim, eram pães e mais pães. Tanto isso é verdade que os egípcios passaram a ser conhecidos, na Antigüidade, como “comedores de pães”. Do antigo Egito, o pão parece ter sido introduzido na Europa pelas mãos dos romanos, que logo trataram de aprimorar as técnicas de moagem, mistura e sova. No século II d.C., o governo romano permitiu a organização de associações ou “colégios”, com o objetivo de servir de escola para padeiros. Com o tempo, a atividade passou a ser hereditária, o que continua a acontecer ainda hoje. E isso nós podemos comprovar em praticamente toda esquina.
Torneiras
No tempo de Cristo, algumas das maiores residências de Roma já possuíam água encanada e torneiras. A água era transportada pelos célebres aquedutos romanos, muitos deles verdadeiras obras arquitetônicas com arcadas duplas ou triplas, apoiadas uma sobre as outras. O primeiro aqueduto romano foi a Aqua Appia, surgindo depois o Anio Vetus, e a Aqua Julia, entre outros. Já as torneiras funcionavam mais ou menos da seguinte maneira: havia um cilindro, com um orifício perpendicular ao seu eixo, que era inserido no cano. A água, então, passava ou não pelo orifício, conforme a posição do cilindro. Esta mesma torneira de encaixe foi usada durante toda a Idade Média. No século XIX, a água passou a ser fornecida às casas com o auxílio de bombas a vapor, o que exigia um outro tipo de torneira, passa suportar o aumento da pressão da água. Foi assim que surgiu a torneira de rosca, inventada na Inglaterra em 1800 por Thomas Gryll. Semelhante às torneiras modernas, ela possuía um parafuso que forçava um anel vedante contra uma superfície plana, interrompendo assim o fluxo da água. Com as torneiras, o dia-a-dia das pessoas ficou muito mais fácil. Agora, elas podiam trazer para suas casas, não sendo mais necessário ir à fonte ou ao poço para buscá-la. Os sistemas de abastecimento também se tornaram muito mais eficientes, dispensando os desagradáveis bombeamentos. De lá para cá, muita água já passou e rolou pelas torneiras. E foi bem melhor assim.





Fogão
Uma invenção que ajudou a esquentar melhor a comida e a vida das pessoas. Durante milhares de anos, o homem cozinhou em fogueiras. No tempo dos romanos, os mais ricos começaram a cozinhar o pão em fornos de tijolos, mas as fogueiras continuaram a ser utilizadas na preparação dos alimentos. O fogão propriamente dito, ou seja, um aparelho fechado, aquecido por combustível sólido, foi usado pela primeira vez pelos colonos americanos no século XVII. Nas fundições de ferro da Pensilvânia, aproveirando-se o material, foram construídos fornos de ferro simples que, apesar de eficientes, ainda eram raros. Foi só em 1798 em Munique, na Alemanha, Benjamin Thompson conseguiu fabricar fogões sofisticados com fornos de chapa metálicas envolvidos numa estrutura de tijolos. Já o missionário americano Philo Penfield Stewart registrou, em 1834, a patente do seu fogão Oberlin, um fogão de ferro a lenha com várias placas de aquecimento e um forno elevado. Daí para frente, o fogão só evoluiu. Em 1889, foi utilizado pela primeira vez um forno elétrico, que utilizava energia de um gerador acionado por uma hidroelétrica próxima a St. Moritz, a Suíça. Em 1915, com a invenção do termostato, passou a ser possível controlar a temperatura dos fogões. E os fogões semelhantes aos que conhecemos hoje surgiram em 1924. Neste ano, o físico sueco Gustav Dalen patenteou o eficiente fogão Aga, que podia, mediante transformação, queimar lenha, carvão, petróleo ou gás. A invenção do fogão contribuiu muito para o desenvolvimento da culinária em todo o mundo. Mas isso, dependendo muito de quem estava diante deles. Afinal, nós sabemos melhor do que ninguém que, para cozinhar, é preciso muito mais do que um simples fogão. É preciso criatividade, talento, bom gosto, uma boa dose de bom senso e uma pitada caprichada de conhecimento e curiosidade.
Geladeira
Uma idéia que veio do frio. Qundo os antigos romanos precisavam guardar algum alimento que necessitasse refrigeração, como o leite, por exemplo, normalmente eles procuravam as cavernas próximas de seus domus (casas, em latim). Com o passar do tempo, eles passaram a construir, em suas casas, espaços destinados exclusivamente a esta finalidade, ou seja, cômodos especiais que eram covas de gelo que, em geral, ficavam próximas aos porões. Já a primeira câmara frigorífica do mundo, precursora das geladeiras domésticas, foi construída pelo industrial australiano Thomas S. Mort, por volta de 1840. Mort, que teve a idéia de construir uma ponte de gelo interligando os continentes, passou 30 anos de sua vida trabalhando no transporte da primeira carne frigorificada para a Gr&atilde-Bretanha. Entretanto, apesar de todos os esforços, a tentativa falhou por desarranjos nas instalações frigoríficas do navio de transporte. O francês Charles Tellier, conhecido como “pai do frio”, conseguiu fazer que um vapor frigorificado transportando carne fosse de Rouen, na França, para Buenos Aires, na Argentina, numa viagem de 104 dias. Neste sistema, a carne era resfriada de 1ºC a 1,5ºC acima de zero. entretanto, já naquela época se sabia das vantagens do resfriamento de -12ºC a 118ºC, que é usado atualmente e que deixa a carne dura como pedra. Foi assim que, numa segunda viagem, Tellier transportou carne de carneiro da Argentina, de excelente qualidade para a Europa, o que causou enorme sensação. Pode-se dizer que as primeiras geladeiras domésticas surgiram pela primeira vez nos Estados Unidos, em 1850. Elas nada mais eram do que um armário de madeira forrado de ardósia por dentro. No inverno, os blocos de gelo eram cortados dos rios e lagos congelados e armazenados nestas geladeira. Entretanto, foi apenas em 1910 que as geladeiras começaram a tomar a forma como as conhecemos atualmente. Nesta época, a eletricidade passou a desempenhar um papel fundamental no princípio da conservação da temperatura no interior da geladeira, assim como o freon, um composto não tóxico e não inflamável presente hoje em geladeira e aparelos de ar condicionado.

Cerveja
A fabricação da cerveja remonta ao Egito dos faraós, há mais de 5000 anos. Já nequela época, os faraós não dispensavam uma cervejinha em suas festas e reuniões. Ou seja, o costume de se beber cerveja com amigos é um hábito que vem se repetindo há milênios. A cerveja é uma bebida fermentada, feita de cevada ou de outros cereais e aromatizada com lúpulo. Atualmente, a maioria das cervejas produzidas no mundo é do tipo lager, ou de baixa fermentação. Podem ser claras ou escuras (quando são mais encorpadas), e alguns tipos levam o nome da cidade onde foram fabricadas inicialmente, como pilsener (de Pilsen, na Repúplica Tcheca) ou dortmunder (de Dortmund, na Alemanha). As cervejas inglesas, ou de alta fermentação, têm seu consumo praticamente limitado aos países de influência britânica. São as ale, em geral claras, e as stout, escuras e fermentadas com malte torrado e lúpulo em alta porcentagem. Altamente densas, estas cervejas são muito diferentes das que consumimos no Brasil. E, como elas devem sempre se servidas à temperatura ambiente, tem-se a impressão de se estar bebendo uma cerveja morna. Teoricamente, a cerveja pode ser feita pela fermentação em água de qualquer cereal ou fonte de amido, como a batata, por exemplo. Na prática, só se obtém boa cerveja com a cevada, embora, para se reduzir custos ou conseguir um sabor específico, a ela possam ser adicionados outros cereais, como arroz, milho, cevada não-maltada, assim como soja, tapioca ou açúcares. Tudo isso serve para ilustrar que a cerveja exerce mesmo um forte poder sobre os homens. Não fosse isso verdade, como seria possível explicar que uma pessoa morando no Brasil de hoje, às vésperas do ano 2000, está fazendo mais ou menos a mesma coisa que um faró, que era um semi-deus para os egípcios, há mais de 5000 anos? Só falta agora descobrirem que naquela época também já existia futebol. Aí, assunto era o que não ia faltar.
Açúcar
Uma doce invenção cujas origens continuam perdidas no tempo. E que faz todo mundo se lembrar de um outro tempo, este delicioso: a próprio infância de cada um. O açúcar extraído da cana é conhecido desde tempos bastante remotos, mas a Europa só o conheceu por volta do século X, através dos arábes, que, por sua vez, o haviam conhecido por intermédio dos persas e indianos. A princípio, o cultivo da cana e a produção do açúcar restringiu-se à bacia do Mediterrâneo, só mais tarde o açúcar veio para a América. O Brasil e as Antilhas eram, durante os séculos XVII e XVIII, quase os únicos fornecedores de açúcar para a Europa. Nesta época. França e Inglaterra travavam intensas lutas militares e econômicas, que começaram a influenciar e diminuir significativamente a importação de açúcar por parte dos países europeus. Por isso, surgiu na Europa a indústria do açúcar de beterraba. Em 1747, um químico prussiano conseguiu, pela primeira vez, extrair açúcar de beterraba; porém, na época, o processo se mostrava economicamente inviável. Procurando incentivar a produção de açúcar de beterraba na europa, Napoleão ofereceu recompensas a quem melhorasse suas técnicas de produção. E, em 1802, o Capitão Delssert fundou a primeira fábrica francesa de açúcar, ganhando assim a medalha da Legião de Honra. Preferiam e continuam preferindo. Hoje, nã há açúcar mais consumido no mundo que o açúcar da cana. O que prova que, muitas vezes, as primeiras invenções são muito melhores que as que vêm depois delas. E que pensar o contrário só pode ser mesmo uma doce ilusão.



Alimentos congelados
É como se o tempo congelasse e não exercesse mais ação sobre os alimentos. Nada se estraga, nada se deteriora; praicamente tudo se conserva com as mesmas características durante dias, semanas e até meses. A idéia de congelar alimentos para manter suas propriedades partiu do naturalista e comerciante de peles norte-americano Clarence Birdseye. Observando os índios do norte do Canadá pescarem, ele notou que os peixes imediatamente se congelavam assim que eram retirados da água, devido à diferença de temperatura. Desta maneira, eles podiam ser guardados e, meses depois, quando fossem descongelados e cozidos, continuariam conservando as mesmas características dos peixes frescos. Em 1924, Birdseye fundou uma empresa em Massachussetts, nos Estados Unidos, que produziu alimentos congelados por resfriamento rápido. Em 1930, a empresa lançou ervilhas, espinafres, framboesas e outras frutas, além de carnes e peixes congelados. Dez anos depois, surgiram os primeiros alimentos congelados previamente cozidos: fricassê de frango e bifes. A princípio, as pessoas não se acostumaram muito bem à idéia de comprar alimentos congelados. Mas, por volta dos anos 40, nos Estados Unidos, as donas de casa que trabalhavam fora (principalmente em função de seus maridos estarem lutando na II Guerra Mundial) rapidamente perceberam os benefícios da praticidade da nova invenção. Hoje, em praticamente todos os países do mundo, o consumo de alimentos congelados se tornou um hábito. Apesar de ainda haver uma certa relutância por parte de algumas mulheres, que se vêem na obrigação de efetivamente preparar as refeições de suas famílias, muitas já perceberam que esta é uma evolução natural que reflete um novo modo de vida. Um modo de vida mais prático e dinâmico, onde as pessoas devem usufruir de seu tempo da melhor maneira possível. Porque, na verdade, todo mundo sabe: o tempo, infelizmente, não dá para congelar.
Vinho
A arte de fazer e beber vinho - o suco fermentado da uva - é quase tão antiga quanto a própria civilização. Antes de 4000 a.C., no antigo Egito, ela já era conhecida . O Antigo Testamento afirma que Noé plantou as primeiras videiras logo depois de deixar a Arca. E com a sincera intenção de que estás lhe dessem bom vinho. Inicialmente, as uvas eram pisadas com os pés descalços e a fermentação do suco extraído acontecia em ânforas de barro. Por ação dos fermentos naturais da uva, a glicose se transformava em álcool. Na Grécia antiga, fazer vinho era mais elaborado. Os gregos conheciam técnicas de podar as videiras, e já sabiam apreciar os vinhos envelhecidos, que eram hermeticamente fechados em ânforas especiais. Naquelas que são consideradas as primeiras obras literárias da humanidade, A Ilíada e A Odisséia, seu autor, o poeta Homero, já menciona vinhos e videiras. Os romanos, que só conheciam o vinho através dos gregos, gostaram muito da bebida. Tanto gostaram que um dos principis deuses romanos, Baco, era quase sempre representado com um copo de vinho nas mãos. Além do mais, os romanos passaram a consumir vinho em praticamente todas as ocasiões, das mais festivas às mais dométicas. Com a expensão de seu Império, os romanos muitas vezes tiveram dificuldades em difundir seu modo de vida. Entretando, em poucos casos tiveram tanta aceitação quanto com o vinho. Já no século II, era introduzida a cultura da uva na região do rio Reno, e acredita-se que eles tenham levado o vinho até as (então) distantes terras britânicas. O vinho, por suas próprias características de leveza, sabor suave e marcante e aromas delicados, é talvez a bebida mais apreciada em todo o mundo. Hoje, como antigamente, o vinho continua merecendo sempre um certo ritual na hora de ser bebido. Mas não é para menos: mesmo que hoje seja tomado mais informalmente, ele continua trazendo toda sua grande história de época ancestrais, longínquas, imperiais. Nós temos muito o que aprender com ele. E para aprender um pouco mais, nada como beber um pouco mais. Mas sempre em pouco; nunca, mas nunca, demais.

Milho
Milhões e milhões de anos de um cereal que vem acompanhando o homem ao longo do tempo. O milho é um cereal totalmente de origem americana. Até o descobrimento da América, em 1492, os europeus desconheciam por completo a existência dele. Quando Cristóvão Colombo levou algumas sementes de milho para a Europa, em 1493, causou grande sensação entre os botânicos. Em 1737, Linneus, em sua classificação de gêneros e espécies, denominou-o Zea mays, do grego zeia (grão, cereal), e em homenagem a um dos principais povos da América, os maias. O milho deve ter surgido em solo centro-americano há aproximadamente 7000 anos. Daí difundiu-se pelas Américas do Norte e do Sul, onde as principais civilizações pré-colombianas, como astecas, maias e incas, não só dele se alimentavam, mas tinham também uma relação muitas vezes de cunho religioso. Os incas possuíam até uma bebida sagrada, chamada chicha, que era tomada em honra a Mama Sara, ou a “Mãe milho”. Já a deusa asteca Chicome Canatl era representada com espigas de milho em ambas as mãos.
História da eletricidade
A história da eletricidade tem início na antiguidade, através da Grécia antiga. De acordo com Tales de Mileto, ao se esfregar âmbar com pele de carneiro, observou-se que pedaços de palha eram atraídos pelo âmbar. A palavra eléktron (ἤλεκτρον) significa âmbar em grego.
A parte do desenvolvimento no ocidente, especula-se que objetos encontrados no Iraque, datados de 250 AC, seriam usados como uma forma de bateria.
Nas civilizações antigas já eram conhecidas as propriedades elétricas de alguns materiais. A palavra eletricidade deriva do vocábulo grego elektron (âmbar), como conseqüência da propriedade que tem essa substância de atrair partículas de pó ao ser atritada com fibras de lã. O cientista inglês William Gilbert, primeiro a estudar sistematicamente a eletricidade e o magnetismo, verificou que outros materiais, além do âmbar, adquiriam, quando atritados, a propriedade de atrair outros corpos, e chamou a força observada de elétrica. Atribuiu essa eletrificação à existência de um "fluido" que, depois de removido de um corpo por fricção, deixava uma "emanação". Embora a linguagem utilizada seja curiosa, as noções de Gilbert se aproximam dos conceitos modernos, desde que a palavra fluido seja substituída por "carga", e emanação por "campo elétrico".
No século XVIII, o francês Charles François de Cisternay Du Fay comprovou a existência de dois tipos de força elétrica: uma de atração, já conhecida, e outra de repulsão. Suas observações foram depois organizadas por Benjamin Franklin, que atribuiu sinais - positivo e negativo - para distinguir os dois tipos de carga. Nessa época, já haviam sido reconhecidas duas classes de materiais: isolantes e condutores.
Foi Benjamin Franklin quem demonstrou, pela primeira vez, que o relâmpago é um fenômeno elétrico, com sua famosa experiência com uma pipa (papagaio). Ao empinar a pipa num dia de tempestade, conseguiu obter efeitos elétricos através da linha e percebeu, então, que o relâmpago resultava do desequilíbrio elétrico entre a nuvem e o solo. A partir dessa experiência, Franklin produziu o primeiro pára-raios. No final do século XVIII, importantes descobrimentos no estudo das cargas estacionárias foram conseguidos com os trabalhos de Joseph Priestley, Lord Henry Cavendish, Charles-Augustin de Coulomb e Siméon-Denis Poisson. Os caminhos estavam abertos e em poucos anos os avanços dessa ciência foram espetaculares.
Em 1800, o conde Alessandro Volta inventou a pilha elétrica, ou bateria, logo transformada por outros pesquisadores em fonte de corrente elétrica de aplicação prática. Em 1820, André-Marie Ampère demonstrou as relações entre correntes paralelas e, em 1831, Michael Faraday fez descobertas que levaram ao desenvolvimento do dínamo, do motor elétrico e do transformador.
As pesquisas sobre o poder dos materiais de conduzir energia estática, iniciadas por Cavendish em 1775, foram aprofundadas na Alemanha pelo físico Georg Simon Ohm. Publicada em 1827, a lei de Ohm até hoje orienta o desenho de projetos elétricos. James Clerk Maxwell encerrou um ciclo da história da eletricidade ao formular as equações que unificam a descrição dos comportamentos elétrico e magnético da matéria.
O aproveitamento dos novos conhecimentos na indústria e na vida cotidiana se iniciou no fim do século XIX. Em 1873, o cientista belga Zénobe Gramme demonstrou que a eletricidade pode ser transmitida de um ponto a outro através de cabos condutores aéreos. Em 1879, o americano Thomas Edison inventou a lâmpada incandescente e, dois anos depois, construiu, na cidade de Nova York, a primeira central de energia elétrica com sistema de distribuição. A eletricidade já tinha aplicação, então, no campo das comunicações, com o telégrafo e o telefone elétricos e, pouco a pouco, o saber teórico acumulado foi introduzido nas fábricas e residências.
O descobrimento do elétron por Joseph John Thomson na década de 1890 pode ser considerado o marco da passagem da ciência da eletricidade para a da eletrônica, que proporcionou um avanço tecnológico ainda mais acelerado.
História da indústria petrolífera
Antiguidade
Registros históricos da utilização do petróleo remontam a 4000 a.C. devido a exsudações e afloramentos freqüentes no Oriente Médio. Os povos da Mesopotâmia, do Egito, da Pérsia e da Judéia já utilizavam o betume para pavimentação de estradas, calafetação de grandes construções, aquecimento e iluminação de casas, bem como lubrificantes e até laxativo. No início da era cristã, os árabes davam ao petróleo fins bélicos e de iluminação. O petróleo de Baku, no Azerbaijão, já era produzido em escala comercial, para os padrões da época, quando Marco Polo viajou pelo norte da Pérsia, em 1271.
Origens da indústria petrolífera
A moderna indústria petrolífera data de meados do século XIX. Em 1850, James Young, na Escócia, descobriu que o petróleo podia ser extraído do carvão e xisto betuminoso, e criou processos de refinação. Em agosto de 1859 o norte-americano Edwin Laurentine Drake, perfurou o primeiro poço para a procura do petróleo (a uma profundidade de 21 metros), no estado da Pensilvânia. O poço revelou-se produtor e a data passou a ser considerada a do nascimento da moderna indústria petrolífera. A produção de óleo cru nos Estados Unidos, de dois mil barris em 1859, aumentou para aproximadamente três milhões em 1863, e para dez milhões de barris em 1874.
O Oriente Médio
A história da exploração petrolífera no Oriente Médio nasceu da rivalidade entre a Grã-Bretanha e o Império Russo.
O barão Julius Reuter (fundador da Reuters) negociara acordos com a Pérsia desde 1872, renovados em 1889, que previam a exploração de petróleo, de maneira a neutralizar os interesses russos na região. Uma vez que o regime czarista temia a aproximação britânica da sua fronteira sul, as suas pressões diplomáticas levaram à anulação destes acordos.
Sem desistência britânica, as negociações com Teerã foram retomadas por William Knox d'Arcy. Uma vez que o Xá necessitava de recursos financeiros, acabou sendo assinado um novo contrato, em 28 de maio de 1901. Pelos seus termos, mediante o pagamento de 20 mil libras esterlinas líquidas à vista, idêntico montante em ações e uma percentagem de 16% sobre os eventuais lucros, era garantida a concessão da exploração por 60 anos, sobre dois terços do território do país. Para explorá-la, d'Arcy contratou o engenheiro George Reynolds, que priorizou uma região entre a Pérsia (atual Irã) e a Mesopotâmia (atual Iraque), a cerca de 500 quilômetros do golfo Pérsico. A primeira perfuração iniciou-se em 1902, sob temperaturas de até 50° Celsius à sombra, numa área desértica e inóspita, habitada por tribos nómadas hostis. Finalmente em abril de 1904, uma das perfurações começou a produzir, demonstrando, mesmo em quantidade insuficiente, a existência de petróleo na região.
Os problemas postos à empreitada eram agora financeiros, uma vez que a estimativa inicial de investimento para a perfuração de dois poços havia sido de cerca de 10 mil libras, e em quatro anos de trabalho, d'Arcy já havia investido 200 mil. Necessitando de capital, d'Arcy negociou com a Burmah Oil Company, de Glasgow, a quem cedeu parte das suas ações. De comum acordo foi escolhida uma nova zona de prospecção: a chamada "planície do óleo", a sudoeste de Teerã, perto do Chatt al-Arab. Novamente os gastos mostraram-se pesados: foi necessário abrir uma estrada e o transporte de 40 toneladas de equipamentos e materiais para que se começasse a perfurar, em Janeiro de 1908. Insatisfeita com a falta de resultados, em 14 de Maio, a Burmah Oil determinou que Reynolds abandonasse as perfurações. Em 26 de Maio, entretanto, o petróleo jorrou em Masjed Soleiman. De acordo com a lenda, Reynolds enviou um telegrama à empresa: "Ver Salmo 104, versículo 15, terceiro parágrafo" [1]
Para custear os pesados investimentos necessários à exploração, transporte e refino do produto, a Burmah Oil fundou em 1909 a Anglo-Persian Oil Company (atual BP), cujas ações dispararam. Foi construído um oleoduto de 225 quilômetros e instalada uma refinaria em Abadã, próximo à fronteira com o Iraque. Entretanto, as dificuldades financeiras retornaram em 1912, quando a companhia esgotou o seu capital de giro. Impunha-se uma fusão com a sua rival, a anglo-holandesa Royal Dutch Shell que, à época dominava o mercado. Entretanto, para o governo britânico à época, o controle sobre o fornecimento de petróleo era estratégico, inclusive porque os programas navais de seu Almirantado, para 1912, 1913 e 1914, estabelecidos para confrontar o Império Alemão, dependiam da construção de navios movidos a óleo, e não mais a carvão.
Ao mesmo tempo, no Iraque, a Turkish Petroleum Company, fundada em 1912 por iniciativa da Royal Dutch Shell e do Deutsche Bank (cada um com 50% das ações), em colaboração com o armênio Calouste Gulbenkian manifestava interesse no negócio. Nesse cenário, alguns dias antes da eclosão da Primeira Guerra Mundial, o jovem parlamentar Winston Churchill colocou em votação na Câmara dos Comuns a proposta de nacionalização da Anglo-Persian, através da qual o governo britânico adquiria 50% das ações da companhia pelo montante de 2,2 milhões de libras.
Em seguida, os britânicos envidaram esforços para obter a fusão da Turkish com a Anglo-Persian. Ainda em 1914, o novo consórcio passou a ser controlado em 50% pelos ingleses, ficando a Shell e o Deutsche Bank com 25% cada um; 5% dos lucros eram destinados a Gulbenkian, que passou a ser conhecido desde então como o "Senhor 5%".
Com a Primeira Guerra Mundial em progresso, a cooperação anglo-germânica para a exploração petrolífera era anulada. Com a rendição alemã e o desmembramento do Império Otomano, as potências vencedoras passaram a controlar o mercado na região.
O primeiro-ministro britânico Lloyd George e o presidente do Conselho francês Alexandre Millerand firmaram o acordo de San Remo, através do qual o instrumento do desenvolvimento petrolífero ficou sendo a Turkish Petroleum Company; os franceses receberam a parte alemã da companhia, que havia sido sequestrada pelos britânicos durante a guerra. Em troca, os franceses renunciaram a suas pretensões territoriais sobre Mossul (no norte do Iraque). A Grã-Bretanha, por sua vez, declarou que qualquer companhia privada que explorasse jazidas de petróleo ficaria sob o seu controle.
O acordo de San Remo representou um duro golpe para os Estados Unidos da América, que, diante da hegemonia britânica passaram a demonstrar preocupação com o seu abastecimento. Um acordo entre ambas as nações só foi firmado em 1925.
Enquanto isso, Faiçal I do Iraque confirmou oficialmente a concessão celebrada em 1912, permitindo o início da prospecção em seu país. Finalmente, a 15 de outubro de 1927, às 3 horas da manhã, perto de Kirkuk, ecoou um imenso estrondo, sucedido por um jorro de petróleo, de 15 metros acima da torre. Para explorá-lo, foi assinado um contrato, em 31 de julho de 1928, no hotel das Termas de Ostrende, nos Países Baixos. Pelos seus termos, estabelecia-se a Iraq Petroleum Company (em substituição à Turkish Petroleum Company) cujo capital foi repartido entre a britânica Anglo-Persian (23,75%), a Companhia Francesa de Petróleos (23,75%), um cartel estadunidense (Gulf, Texaco, Exxon, Mobil, com 23,75%) e os 5% de Gulbenkian. Reunidos, os representantes dessas companhias traçaram uma linha vermelha em torno do território do antigo Império Otomano, onde apenas a Pérsia e o Kuwait foram excluídos. No interior dessa zona, todas as operações petrolíferas deveriam ser desenvolvidas em colaboração entre elas, e apenas entre elas.
De acordo com os relatórios dos geólogos à época, a Arábia parecia "desprovida de qualquer perspectiva de petróleo" e a prospecção ali deveria "ser classificada na categoria do puro jogo". Entretanto, o fato do petróleo ocorrer em abundância na Pérsia e no Iraque indicava que o mesmo podia ocorrer na Arábia, levando a que o neo-zelandês Frank Holmes, com experiência na África do Sul e em Aden, no Iemen, se estabelecesse na pequena ilha de Bahrein. Holmes obteve do xeque local uma concessão para a prospecção de petróleo, em 1925.
Em 1926, com seus recursos esgotados, Holmes propôs vender a sua concessão aos britânicos, mas foi rechaçado, uma vez que, mesmo duvidando da presença de óleo na região, percebiam-no como um intruso. Holmes então dirigiu-se a Nova York e propôs a venda da sua concessão aos estadunidenses, adquirida pela Gulf Oil em 1927. Essa companhia, entretanto tornou-se parte da Iraq Petroleum Company em 1928. Como esta era signatária do acordo da Linha Vermelha, tornava-se impossível para a Gulf operar sozinha no Bahrein. Desse modo, revendeu as suas ações à Standard Oil of California (SOCAL, ex-Standard Oil Company), que havia ratificado o acordo. Essa operação irritou os britânicos, que não admitiam que os estadunidenses se instalassem no Oriente Médio. Sob a égide britânica, os xeques não podiam agir por conta própria. Uma cláusula de nacionalidade britânica era exigida para explorar o petróleo. Para contornar o impedimento, a SOCAL estabeleceu uma filial no Canadá, um território britânico. Um ano mais tarde, convencidos de que não havia petróleo em Bahrein, os britânicos acabaram concordando. As perfurações iniciaram-se, desse modo, em 1931. Em 31 de maio de 1932, uma jazida era descoberta, vindo a inverter o equilíbrio regional e mundial, e criando uma situação que dura até aos dias de hoje.
Na Arábia Saudita, em maio de 1933, o rei Ibn Saud, concedeu à SOCAL o direito de exploração do petróleo de seu país por 60 anos, mediante um pagamento de 35 mil peças de ouro. O articulador do mesmo foi Saint John Philby, antigo funcionário britânico do Império das Índias, transformado em conselheiro de Ibn Saud.
Derrotados na Arábia Saudita, os britânicos associaram-se aos estadunidenses, um ano e meio mais tarde, em partes iguais, no Kuwait, a última zona de prospecção. As seis primeiras perfurações foram infrutíferas até que, em 1938, vastas reservas foram descobertas no Kuwait e na Arábia.
Thomas Alva Edison:
o homem que trouxe a luz

Invenções
Apesar de seu grande potencial inventivo, Edison é mais conhecido por seus aperfeiçoamentos em invenções. Sua equipe não apenas "criava" mas também mantinha um ritmo de atualização e inovação nos inventos de Edison. Sua atuação junto a outros "inventores" é conhecida como por exemplo junto a Henry Ford, Willian Dickson (cinematógrafo) e Grahan Bell.
A Lâmpada Elétrica
A invenção da lâmpada elétrica não foi tão original quanto a do fonógrafo. Muitos outros vinham trabalhando sobre essa idéia havia anos. Mas Edison desejava fazer pequenas lâmpadas que pudessem ser usadas no lar e em escritórios.
Em 1879, Edison chegou ao princípio que o levaria com êxito à iluminação elétrica. Passara dois anos pesquisando o filamento que desse boa luz ao ser percorrido pela corrente elétrica. Em sua busca de uma substância perfeita para esse filamento, mandou um agente procurá-la nas florestas da Amazônia, e outro nas florestas do Japão.
Uma noite, Edison estava sentado à escrivaninha, brincando descuidadamente com uma mistura de negro-de-fumo (espécie de resíduo de carvão) e alcatrão. Enrolando-a até convertê-la em um fio, pôs este numa bola de vidro, da qual extraiu o ar. Quando fez passar a corrente elétrica no fio, este brilhou por algum tempo, e depois se queimou e se desfez.
Edison achou que a mistura se queimara porque continha ar, e pensou em buscar alguma coisa que não contivesse ar, tal como linha carbonizada, ou seja, uma linha de coser de algodão reduzida a cinza por combustão. Edison pensava que esse fio resistiria à corrente elétrica. Em 19 de outubro de 1879, após muitos insucessos, Edison conseguiu afinal colocar em uma lâmpada um filamento de linha carbonizada, do qual obteve luz de boa qualidade.
Ao alvorecer do dia 20 de outubro, a preciosa lâmpada ainda brilhava, e assim continuou por todo o dia, só vindo a queimar o filamento no dia 21, quando Edison decidiu aumentar a voltagem da corrente. Quando, em 21 de dezembro, noticiou-se a invenção da luz elétrica incandescente por Edison, este passou a ser chamado em todo o mundo o mago de Menlo Park.
O Telégrafo "multiplex"
O telégrafo "multiplex" de Edison era uma adaptação do telégrafo. Criado em 1869, transmitia as últimas cotações da Bolsa de Valores para as impressoras em outros escritórios, através de fios, produzindo também o "tic-tac" quando em funcionamento.
O Fonógrafo e o Ditafone
Thomas Edison foi quem conseguiu gravar o som pela primeira vez, em 1877. Ele conseguiu gravar utilizando um repetidor de telefone. Esta máquina gravava vibrações sonoras na forma de entalhes em uma folha de papel passada sobre um cilindro em rotação. Primeiro Edison testou o seu aparelho gritando “alô” no bocal. Quando o papel passou sob a agulha presa a um diafragma, a palavra foi reproduzida.
As gravações de Edison, feitas em folha de lata duravam somente um minuto e eram logo desgastadas pelas agulhas de aço.
O "ditafone" foi um aperfeiçoamento do fonógrafo funcionando como uma "secretária eletrônica" atual. Gravava mensagens recebidas por telefone para serem ouvidas posteriormente. Uma variação deste equipamento permitia a gravação de discursos e memorandos para serem datilografados depois.
O Telefone de Parede
O telefone de parede de 1879, foi inventado por Thomas Edison, que projetou o fone e o receptor. Era preciso girar a manivela enquanto se ouvia. Um toque da campainha indicava chamada de fora ou uma ligação efetuada com sucesso.
O Cinetoscópio
Em 1888 Edison requereu patente para o seu "cinestocópio", aparelho adaptado do "cinematógrafo". Além de imagens eram apresentados também sons gravados simultaneamente. Devido a problemas técnicos, o cinetoscópio não conseguiu a notoriedade desejada. A equipe de Edison, então, passou a trabalhar em outros projetos. O "cinema falado" não começou antes de 1927.

Revolução Industrial
A máquina a vapor e a eletricidade
Início
Inglaterra - século XVIII.
Características
Produção industrial em larga escala voltada para o mercado mundial.
Uso intensivo de máquinas - mecanização da indústria.
Construção de estradas de ferro, locomotivas, vagões, navios e máquinas industriais.

Personagens
Thomas Newcomen , James Watt , George Stephenson, Matthew Boulton, Alessandro Volta e Thomas Edison.
George Stephenson
Alessandro
Thomas Edison
Datas e Fatos Importantes
1698 - Newcomen inventa uma máquina para drenar a água acumulada nas minas de carvão. Patenteada em 1705, foi a primeira máquina movida a vapor.
1765 - Watt aperfeiçoa o modelo de Newcomen. Seu invento deflagra a revolução industrial e serve de base para a mecanização de toda a indústria. Stephenson revoluciona os transportes com a invenção da locomotiva a vapor.

1785 - Boulton começa a construir as máquinas projetadas por Watt.

Conseqüências
Uso intensivo da eletricidade
Desenvolvimento da física, da química e dos processos industriais.
Novos Personagens
LavoisierBoyleBuffon
Principais Inventos
Máquinas a vaporTelégrafo (1837)Locomotiva (1829)Fonógrafo (1877)Lâmpada incandescente (1878)Cinetoscópio (1891)
A invenção da locomotiva a vapor e o traçado das primeiras estradas de ferro devem-se a George Stephenson. Dotado de excepcional talento para a mecânica, o mineiro pobre e autodidata revolucionou a história dos transportes e possibilitou a construção da infra-estrutura sobre a qual se fez a revolução industrial.
George Stephenson nasceu em Wylam, próximo a Newcastle, Northumberland, Inglaterra, em 9 de junho de 1781. Filho de um trabalhador que operava a bomba de vapor numa mina de carvão em Newcastle, George teve uma infância pobre e começou a trabalhar ainda criança. Aprendeu o ofício do pai e, apesar de trabalhar durante o dia, estudava na escola noturna. Depois de passar por diversos empregos, seguiu para as minas de Killingworth, onde a habilidade para lidar com as máquinas a vapor lhe valeu a nomeação para o cargo de mecânico-chefe em 1812. No ano seguinte, Stephenson começou a amadurecer a idéia de criar uma locomotiva a vapor que se deslocasse sobre trilhos, inspirado num modelo construído por John Blenkinsop. Assim surgiu em 1814 a "Blucher", locomotiva capaz de rebocar oito vagões, com trinta toneladas de carvão, a 6,5km/h. Mais tarde, inventou um dispositivo para canalizar o escapamento da chaminé da locomotiva, a qual teve sua potência acrescida.
Durante os anos seguintes, Stephenson construiu por encomenda várias máquinas aperfeiçoadas. Em 27 de setembro de 1825, uma de suas locomotivas conduziu entre Stockton e Darlington, a uma velocidade de 24km/h, o primeiro trem de passageiros da história. De 1826 a 1829, dirigiu a construção de uma estrada de ferro de 64km entre Liverpool e Manchester, para a qual definiu os princípios básicos de traçado das linhas férreas, o sistema de sinais, a infra-estrutura de manutenção etc. Ao fim do planejamento, houve uma concorrência para escolher o modelo de locomotiva e Stephenson saiu vitorioso graças a sua "Rocket", que alcançou a velocidade de 58km/h. Nas décadas de 1830 e 1840, a construção de estradas de ferro disseminou-se na Europa e Estados Unidos. Reconhecido como pioneiro e maior especialista do novo e revolucionário meio de transporte, o inventor participou da construção das principais linhas britânicas e de muitos outros países. George Stephenson morreu em Chesterfield, Derbyshire, Inglaterra, em 12 de agosto de 1848.
História do automóvel
Não houve um exacto momento na história do automóvel que se possa convencionar como o início desta grande invenção. Com efeito, os primeiros automóveis que surgiram foram fruto de sucessivas aproximações e adaptações tecnológicas que, gradualmente, se foram desenvolvendo em torno de um objectivo comum: viajar rápido, com comodidade e, sobretudo, com um mínimo de esforço para os ocupantes e um máximo de segurança.
A auto-locomoção de veículos já havia sido demonstrada em 1769 por Nicolas Cugnot, na França, ao utilizar um motor a vapor para movimentar um veículo. No entanto, só com a introdução do motor de combustão interna a quatro tempos a gasolina em 1885, inventado por Karl Benz, na Alemanha, é que se começou a considerar a viabilidade de um veículo auto-propulsionado que oferecesse as condições já mencionadas. A patente desta invenção data de 29 de Janeiro de 1886 em Mannheim. Contudo, apesar de Benz ser creditado pela invenção do automóvel moderno, muitos outros engenheiros, também alemães, pesquisavam simultaneamente sobre a construção de automóveis. Em 1886, Gottlieb Daimler e Wilhelm Maybach, em Estugarda, patentearam a primeira motocicleta, construída e testada em 1885 e, em 1886, construíram a primeira adaptação da carruagem para o transporte automóvel. Em 1870, o germano-austríaco Siegfried Marcus construiu uma carroça motorizada que, contudo, não passaria da fase experimental.
Décadas mais tarde, Henry Ford passaria a fabricar automóveis em série, destacando-se o Ford T, fabricado de 1908 a 1927, cujas vendas ultrapassaram os 15 milhões de unidades.


A invenção


O Benz Velo, introduzido dez anos depois do primeiro automóvel Benz patenteado a 1885.
Já no século XVII se idealizavam os veículos impulsionados a vapor; Ferdinand Verbiest, um padre da Flandres, demonstrara-o em 1678 ao conceber um pequeno carro a vapor para o imperador da China. Em 1769, Nicolas-Joseph Cugnot elevava a demonstração à escala real, embora a sua aplicação tenha passado aparentemente despercebida na sua terra-natal, França, passando a desenvolver-se sobretudo no Reino Unido, onde Richard Trevithick montou um vagão a vapor em 1801. Este tipo de veículos manteve-se em voga durante algum tempo, sofrendo ao longo das próximas décadas inovações como o travão de mão, caixa de velocidades, e ao nível da velocidade e direcção; algumas atingiram o sucesso comercial, contribuindo significativamente para a generalização do tráfego, até que uma reviravolta contra este movimento resultava em leis restritivas no Reino Unido, que obrigavam aos veículos automóveis a serem precedidos por um homem a pé acenando uma bandeira vermelha e soprando uma corneta. Efectivamente, estas medidas travaram o desenvolvimento do automóvel no Reino Unido até finais do século XIX; entretanto, os inventores e engenheiros desviavam os seus esforços para o desenvolvimento dos caminhos-de-ferro, as locomotivas. A lei da bandeira vermelha só seria suprimida em 1896.
Experiências isoladas, realizadas em toda a Europa, ao longo das décadas de 1860 e 1870, contribuíram para o aparecimento de algo semelhante ao automóvel atual. Uma das mais significativas foi a invenção de um pequeno carro impulsionado por um motor a 4 tempos, construído por Siegfried Markus (Viena, 1874). Os motores a vapor - que queimavam o combustível fora dos cilindros, deram lugar aos motores de combustão interna, que queimavam no interior do cilindro uma mistura de ar e gás de iluminação. O ciclo de 4 tempos foi utilizado com êxito pela primeira vez em 1876, num motor construído pelo engenheiro alemão conde Nikolaus Otto.
A primeira patente do automóvel nos Estados Unidos da América foi concedida a Oliver Evans, em 1789. Mais tarde, em 1804, Evans demonstrou o seu primeiro veículo automóvel que não só foi o primeiro automóvel nos EUA mas também o primeiro veículo anfíbio, já que este veículo a vapor dispunha de rodas para circulação terrestre e de pás para circulação na água.
O belga Etienne Lenoir construiu um automóvel com o motor de combustão interna a cerca de 1860, embora fosse propulsionado por gás de carvão. A sua experiência durou 3 horas para percorrer 7 milhas — teria sido mais rápido fazer o mesmo percuro a pé — e Lenoir abandonava as experiências com automóveis. O franceses reclamam que um Deboutteville-Delamare terá sido bem sucedido; em 1984 celebraram o centésimo aniversário desse automóvel.
É geralmente aceite que os primeiros automóveis de combustão interna a gasolina tenham surgido quase simultaneamente através de vários inventores alemães, trabalhando independentemente: Karl Benz construiu o seu primeiro automóvel em 1885 em Mannheim, conseguindo a patente a 29 de Janeiro do ano seguinte e iniciado a primeira produção em massa a 1888. Pouco tempo depois, Gottlieb Daimlere Wilhelm Maybach, em 1889 em Estugarda, concebiam um veículo de raiz, descartando a típica carroça em função de uma carroçaria específica dotada de motor. Foram eles também os inventores da primeira motocicleta em 1886. Em 1885 eram construídos os primeiros automóveis no de quatro rodas propulsionados a petróleo, em Birmingham, Reino Unido, por Fredericl William Lanchester, que também patenteou o travão de disco.








Alunos:
VIII Fase
Conclusão:
A Revolução Industrial tornou os métodos de produção mais eficientes. Os produtos passaram a ser produzidos mais rapidamente, barateando o preço e estimulando o consumo e aumentou também o número de desempregados.
As máquinas foram substituindo, aos poucos, a mão-de-obra humana e com isso, surgiram também a poluição ambiental, o aumento da poluição sonora, o êxodo rural e o crescimento desordenado das cidades.
As Grandes invenções do século também ajudaram a desenvolver o país, mas trouxeram um grande número de desempregados.
Gerar empregos tem se tornado um dos maiores desafios de governos no mundo todo. Os empregos repetitivos e pouco qualificados foram substituídos por máquinas e robôs. As empresas procuram profissionais bem qualificados para ocuparem empregos que exigem cada vez mais criatividade e múltiplas capacidades. Mesmo nos países desenvolvidos tem faltado empregos para a população.
O desenvolvimento é bom, traz conforto e bem estar, mas como tudo o que é bom, tem também seu lado ruim, que é o desemprego e a destruição do meio ambiente,

2 comentários:

  1. É assim que sabemos que, apesar das dificuldades, estamos no caminho certo, acreditando no trabalho dos professores de informática educativa.

    Viviane Pereira
    Coordenadora de Tecnologia Aplicada à Educação

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  2. Lutar sempre! Desistir jamais. Estamos levando a internet a Sta Maria em poucos dias. Sonho antigo! Esperamos q essa ferramenta possa ajudar na promoçao de uma educação de qualidade a todos dessa escola.

    Parabéns, conte com o DID

    Leandro Ferreira (DID)

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